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sábado, 12 de outubro de 2013

Quando Roma surge no cenário de Dan 11? (11:14-22)



No texto anterior expliquei uma das formas de tentar entender cronologicamente Dan 11. Nesse texto explico um pouco mais sobre as razões textuais para indentificar o poder Romano nessa profecia. Como já visto devemos comparar Dan 11 com profecias de sequência histórica anteriores, como Dan 2, 7 e 8-9.  Em Dan 11:4 temos os Persas (8:20) seguidos pelos Gregos (11:3; 8:21) que são dividido pelos quatro ventos do céu (11:4; 8:22).

O padrão de reinos continua em todas as visões. Em Dan 8 após a divisão da Grécia entre os quatro ventos surge o chifre que começa pequeno e domina até os céus. Ele é o centro da visão até o fim. Em Dan 11 após os quatro ventos surge os reinos do norte e do sul guerreando entre si. Na história os quatro reinos após Alexandre duraram por pouco tempo e apenas dois deles permaneceram até o surgimento do império Romano. Eram os Seleucidas e os Ptolomeus.

Deve-se prestar atenção que o título "reino do norte" desaparece em Dan 11:16 e volta apenas no final (v.40). De Dan  11:16 apenas o rei do sul é mencionado contra um “novo” poder introduzido no mesmo verso que provavelmente é o reino do norte desde o v.15. Esse reino conquistará a “terra prazerosa” (algumas versões “gloriosa”) que é mencionada em Dan 8:9. No Antigo Testamento essa terra é principalmente a Palestina (Canaã). E o mesmo fará guerra contra o príncipe da Aliança profetizado por Dan 9.

Após os Gregos surgiram os Romanos que conquistaram a Palestina, mataram a Jesus e deram origem ao poder perseguidor que dura até o tempo do fim, em sua forma pagã e religiosa. Portanto, baseado nesses paralelismos, acho que Roma é introduzido no verso 15 como o reino do norte. Esse poder é o centro das atenções até o final quando ressurge o reino do sul antes de Miguel terminar a visão com a ressurreição dos justos (Dan 12).

E provavelmente as fases pagã e religiosa de Roma são distintas como em Dan 8. A divisão mais coerente é introduzir a segunda fase de Roma de Dan 11:31 visto que a profecia refere-se a profanação do santuário, a tomada do diário e o estabelecimento da abominação desoladora como em Dan 8:11,12. Ou seja, desde Dan 2 passando por 7, 8-9 a última visão sobre os poderes inimigos de Deus foca mais sua atenção no último poder que mais afeta(rá) a obra de salvação divina, Roma, que não terá sucessor até o reino dos céus.

Comunicação Divina: Assim como Deus começa com um panorama geral da história mas depois foca no mais importante, devemos também priorizar o reino que mais afetará nossa vida, o reino dos céus (Mat 6:33).

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